Foto:Arquivo pessoal (Divulgação)
Os policiais militares Arleu Junior Jacobsen (sargento), Raul Veras Pedroso e Cleber de Lima, ambos soldados, vão a júri popular pelo homicídio qualificado de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos. A decisão é da juíza Liz Grachten, da Vara Criminal de São Gabriel, que proferiu a sentença de pronúncia na quinta-feira (10), conforme divulgado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
A magistrada também negou aos réus o direito de recorrer em liberdade. Eles estão presos preventivamente desde 23 de agosto de 2022.
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Segundo a decisão, há "provas da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria", na citação estão laudos periciais, mapa anatômico da vítima, ocorrência policial e outras provas técnicas e testemunhais.
Para a magistrada, há elementos que apontam que um dos policiais teria agredido Gabriel com golpes de cassetete, enquanto os outros dois, incluindo um superior hierárquico, teriam consentido com a ação e "prestado apoio à violência".
Ainda não há data marcada para o julgamento.
Relembre o caso
Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, morador de Guaíba, Região Metropolitana, estava em São Gabriel, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, para prestar serviço militar obrigatório. Ele foi encontrado morto em um açude, na localidade de Lava Pé, em 19 de agosto de 2022, contudo ele desapareceu no dia 12 de agosto.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Gabriel foi abordado por policiais militares após uma denúncia de perturbação da tranquilidade. Durante a abordagem, um dos agentes teria agredido o jovem com golpes de cassetete na região do pescoço. Gabriel foi levado em uma viatura e, após isso, não foi mais visto com vida. Seu corpo foi localizado dias depois.
O Diário tenta contato com as defesas dos réus.
Matéria está ainda em atualização.